A Arte de Recomeçar: A Jornada de Sérgio Inocêncio, um Artista em Ascensão

A arte, para ele, não foi apenas escolha, foi salvação.
Hoje, seu nome ecoa em produções teatrais e cinematográficas em Goiás, mas sua jornada não é sobre fama, é sobre renascimento. 
Uma história marcada por dor, fé, coragem e, acima de tudo, por arte.

Nascido em Anápolis (GO), Sérgio é ator, educador, modelo, músico, pai e homem de fé.
Graduado em Direito pela UniEvangélica e pós-graduado em Docência no Ensino do Teatro pela FACUVALE de Minas Gerais, ele viveu a transição radical da advocacia para os palcos, guiado por um chamado interior. “Foi o nascimento da minha filha que me fez buscar ajuda. A Clarisse me deu um novo motivo pra viver, e a arte, o caminho para me manter de pé”, revela.
Essa virada veio acompanhada da superação de duas batalhas silenciosas: alcoolismo e depressão. Sérgio venceu ambas com apoio familiar, espiritualidade e o teatro como amparo. “Ser pai me transformou. Hoje, minha maior prioridade é ser presente. A arte me salvou, mas a Clarisse me acordou”, diz ele, emocionado.

A cena como segunda pele 

Formado na Escola de Teatro de Anápolis, Sérgio soma mais de 30 espetáculos encenados e 10 filmes, incluindo papéis de protagonismo. Entre os destaques estão os longas Seu Nome é Lázaro (Verto Filmes), onde vive o personagem principal sob direção de Rei Souza, e O Peso da Enxada (Yabura Filmes), de Wagner Vieira obras densas que dialogam com a própria trajetória de vida do ator.
Sua estreia no cinema profissional foi com a @PessatoFilms, no filme Não Eram Bruxas, Eram Mulheres. Depois vieram Passado Infernal (Richard Pessato), Feliz Aniversário, Cida (Matheus Amorim), Samuel Sob Pedra (Xandra El Afiune e Daniel Sena), Essa Noite Será Sua Vez, Divina Luz e a série Antropoceno, dirigida por Absair Weston. Mas talvez a cena mais emblemática de sua vida não tenha sido diante das câmeras. Foi ao tentar, pela terceira vez, entrar na Companhia Anapolina de Teatro, que Sérgio subiu ao palco com o corpo coberto de lama, em homenagem às vítimas de Brumadinho. “Era minha forma de dizer que a dor precisa ser vista. Foi visceral. Foi necessário.” A performance lhe garantiu a vaga em um dos grupos mais respeitados de Goiás,onde hoje representa com orgulho o teatro anapolino em espetáculos como Korpus, Cora Coralina, Bílis Negra e Suassuna, QuandÉfé dentre outros. 

Do silêncio da moda ao grito da fé 

Também modelo agenciado pela empresa Story Model @storymodelbrasil, Sérgio vê na moda uma escola de linguagem corporal.
Líder do ministério de artes de sua igreja, ele leva a fé como norte e propósito. Participa de ações sociais, interpreta personagens vivos em datas comemorativas em escolas, creches e shoppings, e não abre mão da educação como ferramenta de transformação, tanto que já passou por mais de 25 cursos e oficinas, com nomes como Silvero Pereira, Fernanda de Capua, Humberto Pedrancini e Thiago Dottori.

Inspiração que transcende o palco


Sérgio é, também, um artista estudioso. Atua, dirige, escreve e produz. Realizou projetos autorais como 
Chamados Para ForaSementes e Qual é o Seu Chamado. E mesmo com uma rotina intensa,que inclui os cuidados com a filha, a academia, a igreja, a carreira e os estudos, ele segue em busca de mais.

Seus grandes nomes favoritos vivem entre o palco e a tela:  de Pink Floyd a Oficina G3, de Leonardo DiCaprio a Lázaro Ramos. E seus sonhos não param no cerrado goiano. “Tenho trabalhado firme para chegar a grandes plataformas como Netflix, Amazon Prime Video e GloboPlay. Gravei oito filmes em pouco mais de um ano. Estou pronto para sonhar alto.”

Coragem, gratidão e arte como propósito

A cada cena, Sérgio Inocêncio entrega mais do que técnica: entrega verdade. Não atua para impressionar, atua para transformar. “Se uma pessoa se sentir tocada pelo que faço, já valeu.”

E finaliza com um agradecimento sincero:

“Gratidão imensa por cada aplauso, cada risada, cada palavra de incentivo. Sem vocês, eu já teria desistido. Arte não se faz sozinho. Ainda temos muitas histórias pra viver juntos.”

Filmografia em destaque:

  • Seu Nome é Lázaro – Direção: Rei Souza | Verto Filmes

  • O Peso da Enxada – Direção: Wagner Vieira | Yabura Filmes

  • Essa Noite Será Sua Vez – Direção: Matheus Amorim e Victor Hugo | Velejo Filmes

  • Passado Infernal / Não Eram Bruxas, Eram Mulheres – Direção: Richard Pessato

  • Samuel Sob Pedra – Direção: Xandra El Afiune e Daniel Sena

  • Divina Luz – Direção: Caio Rodrigues

  • Série Antropoceno – Direção: Absair Weston

No palco, destaque para:


Bílis Negra
, Cora Coralina, Korpus, Chamados Para Fora, Suassuna – QuandÉfé, O Auto da Compadecida, Sonho de Uma Noite de Verão, Desilusão e Página Um.

Siga Sergio no instagram: @sergioinocencioo

Assista também  “O Peso da Enxada” completo no YouTube

Entre cenas e cicatrizes, Sérgio construiu um legado que vai além da atuação: o de alguém que escolheu a vida, a arte e o amor como palco principal.

E isso, sem dúvida, é o seu maior papel.

Ahhhhhh, e para quem quiser conhecer mais sobre seu trabalho atual, não perca essa oportunidade, Sérgio Inocêncio participa do episódio desta semana do programa Audiovisuart, ao lado do cineasta e artista visual Rei Souza, falando sobre o longa-metragem Seu Nome é Lázaro ,Contos Goianos 1.

A entrevista vai ao ar nesta quarta-feira (06), às 19h30, ao vivo no YouTube e no app da AnaplayTV.
O episódio também traz as principais novidades do cinema e da agenda cultural da cidade.

Esse conteúdo é realizado graças ao apoio da AnaplayTV, Geneses Studio Digital, Canal 1 Digital, e conta com a parceria da Produtora Art e Vídeo, Território Cultural, Cineclube Imigração e Cineprime Annashopping.

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